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Recursion Across Domains, 2018, Cambridge University Press
In Session 6, Recursion in the PP Domain, Maia, França, Gesualdi-Manhães, Lage, Oliveira, Soto, and Gomes present results of psycholinguistic picture-matching tests and electrophysiological experiments run with Karaja and Brazilian Portuguese (BP) subjects. The sharp article The processing of PP embedding and coordination in Karajá and in Portuguese indicates that recursive PP constructions were more difficult to process than coordinated PP constructions across all languages tested. However, the on-line electrophysiological test suggested that once participants were engaged in the recursive algorithm, subsequent embeddings seemed to be facilitated. In PP embedding, it more salient ERP component was found dooms after the first PP, probably connected in the' recursion condition with integration efforts. In contrast, the Ndoo in coordination was less salient. Crucially, in comparison with the first embedded PP, the next embedded PP shows shorter latencies in all the relevant regions of interest, demonstrating that the processing of the PPs seems to be facilitated after one enters the recursive mode. Based on these results, the authors conclude that recursion can be viewed as the result of an algorithm that is costly to launch, but once established, does not pose increasing effort for the system. This study, together with the others in this part of the book, therefore establishes the existence of a 'coordination default' encountered across production, processing, and acquisition in the case of multiple PPs, but one that can nonetheless be overridden. |
Chomsky: a reinvenção da Linguística, um lançamento da Contexto em 2019, é seguramente um dos melhores livros publicados no Brasil sobre esse grande linguista. A obra reúne professores e pesquisadores, de diversas universidades de diferentes estados brasileiros, que apresentam a origem, a evolução e os rumos do pensamento científico de um dos maiores linguistas de todos os tempos: Avram Noam Chomsky. Com este livro, o leitor compreenderá o poder do paradigma chomskyano nos estudos da linguagem que reinventou a Linguística no início da segunda metade do século XX, inaugurando uma agenda de pesquisa que se manteve fecunda ao longo dos anos e que ainda hoje permanece em plena atividade e vitalidade. "Os esclarecedores capítulos reunidos aqui analisam e investigam questões fundamentais que orientaram a investigação da gramática gerativa desde a metade do século XX.” - Noam Chomsky. O artigo O PROBLEMA DE BROCA (p. 175), de autoria de Aniela Improta França (UFRJ), explora ângulos pouco visualizados do assunto da localização do sítio da linguagem no cérebro. É um texto importante porque refaz cuidadosamente as ligações entre Gramática Gerativa e Noam Chomsky e a neurociência da linguagem de Broca à Poeppel e Hicock. |
Apresentando e discutindo questões teóricas relevantes, revisando pesquisas, reportando experimentos psicolinguísticos e neurocientíficos, Psicolinguística e Educação, livro que saiu publicado pelo Mercado das Letras em 2018, organizado pelo Professor Marcus Maia (UFRJ) pretende alcançar não só alunos e professores dos cursos de graduação e pós-graduação em Linguística, Letras, Comunicação, Pedagogia, Fonoaudiologia e Psicologia, entre outros, mas também e, principalmente, docentes em formação ou já atuando nos níveis fundamental e médio no Brasil, oferecendo-lhes, em linguagem clara e objetiva, ideias inovadoras, com potencial para contribuir de modo significativo com o desafio de melhorar as competências linguísticas de seus alunos nas escolas.
Encerrando o volume, está o capítulo Cérebro e leitura: Educação, Neurociência e o novo aluno na Era do Conhecimento, de autoria de Aniela Improta França, Aleria Lage, Juliana Novo Gomes, Marije Soto e Aline Gesualdi-Manhães. O capítulo avalia, inicialmente, a situação dramática da educação brasileira, como o fazem vários autores de capítulos no presente volume. Analisando os aspectos nefastos do que, seguindo Darcy Ribeiro, denominam de “projeto educacional brasileiro”, as autoras apontam um caminho de superação através da Neurociência, capaz de reencontrar o novo aluno, na era digital. Tomando por base o experimento clássico de N400, as autoras projetaram, no âmbito do Laboratório LER da UFRJ, um teste através do qual investigaram se um grupo de alunos do Ensino Fundamental estava, de fato, lendo ou tentando deduzir ou adivinhar as palavras a partir de pistas contextuais. As autoras concluem que o teste de extração de potenciais bioelétricos relacionados ao evento da leitura se mostrou um ótimo indicador da discrepância entre a boa leitura e aquela que tem uma porção de dedução ou adivinhação, podendo vir a subsidiar mediações inovadoras, a fim de impactar o desenvolvimento pessoal do novo aluno na Era do Conhecimento. |
Os estudos psicolinguísticos vêm contribuindo decisivamente para entendermos como funciona a linguagem humana. Neste livro, o leitor terá contato com os múltiplos caminhos que esses estudos podem seguir. Os capítulos que compõem a obra foram escritos por psicolinguistas atuantes nas diferentes especialidades e apresentam de forma direta e clara suas principais questões e métodos, sem perder, no entanto, o foco unificador – a Psicolinguística, a ciência da cognição da linguagem. Voltado especialmente para estudantes universitários da área de Linguística, este livro aponta os primeiros passos para aqueles que desejam percorrer algum (ou alguns) desses caminhos.
A contribuição de Aniela Improta França, que iniciou a área de Neurociência da Linguagem no Brasil no início dos anos 2000, está no capítulo 12. França apresenta uma revisão geral já bem sedimentada acerca dos estudos da Neurociência da Linguagem, enquanto estudo da cognição da linguagem como Neurociência. Nesse sentido, é uma ciência nova, que traz como proposta um nível de complexidade de pesquisa ainda a ser descoberto. Isso porque a neurociência da linguagem, ao olhar para a fisiologia cerebral, possibilita novidades para a pesquisa linguística. França apresenta também dados históricos fundamentais sobre essa nova neurociência e que nos permite contrastar essa ciência com a Neurolinguística e também com a Programação Neurolinguística (PNL) França apresenta ainda como são realizados os experimentos de linguagem e como estudar os fenômenos. Para isso, ela aborda e explica algumas das técnicas, como ERPs, EEPG e fMRI. Como grandes linhas de investigação, França destaca a verificação do curso temporal do processamento, oposições entre Modelos Seriais e Modelos Conexionista e estudos envolvendo a aquisição da linguagem. |